História & Memória da Cultura Junina do Rio de Janeiro - Vários Autores

"Eu acredito que o mundo junino seja a maior expressão popular do país, desde meu ingresso no "movimento", na extinta "ZéCacuia", que teve um rápido crescimento em sua visibilidade proporcionalmente aos ganhos e reconhecimentos adquiridos das quadrilhas do Estado do Rio de Janeiro junto ao poder público.

Como exemplo, podemos citar o saudoso Arraiá do Rio, que tinha uma proposta de propagação das competições em nível nacional; o que para nós artistas envolvidos dos festejos foi maravilhoso porque na verdade, cada região do país tem suas influências; seja no norte com as lendas indígenas, nordeste, com os causos políticos e por aí vai. Mas infelizmente os projetos não foram à frente, mas mesmo assim, o espírito junino permaneceu, mesmo com pouca verba e quase nada de incentivo.

Eu, graças a Deus, sou muito feliz em fazer parte desse universo artístico e poder contribuir, principalmente depois de ter realizado o meu sonho com a Aurora Boreal, onde eu trabalhei com pessoas que até hoje ainda gosto e respeito, ícones do mundo junino antigo e novo também, por que não?

O quadrilheiro faz, com muita força e amor, a arte mambembe com apresentações por diversos bairros, inclusive, outros municípios. Isso é muito gratificante e eu espero que a arte se renove e não termine nunca. Também espero que novos artistas venham a surgir a cada ano para somar, mas que eles tenham dentro de si o sentimento de priorizar, como era o espírito das quadrilhas em que eu atuei.


Só na Aurora Boreal foram quatro anos maravilhosos, sempre com a proposta de uma linguagem bastante próxima ao carnaval, porque não podemos deixar de citá-lo exatamente por ser uma arte genuinamente carioca, sempre com a união de antes para que possamos retornar anos idos, porque é tão bonito e tão belo participar. Nunca abandonemos nossos sonhos, o brilho e o encanto, pois a beleza das festas sempre será o deleite de todo mundo..."

Fran Sérgio – Carnavalesco.

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